domingo, 28 de junho de 2015

O retorno da Seleção de Futebol de Propinópolis... para casa.



Técnico: Estejam preparados. Essa semana vai ser terrível. Perdemos outra Copa América.
Coordenadora: A imprensa só fala disto. Já estão pedindo a sua cabeça.
Médico: Oba, cortarr cabeças ser meu especialidade.
Técnico: Calma aí Doutor Menguele. Não podemos ter nossas cabeças cortadas pela própria Comissão Técnica. Nosso seguro não cobre auto decaptação.
Coordenadora: Cortar cabeças não é decepar? Então a palavra é decepção...
Técnico: Decepção é do que estão nos acusando. Mas não se preocupe com a Imprensa. Já mandei decepar a comissão dos traíras que estão nos acusando. A propina gasta para manter nossos salários também é distribuída para a imprensa e para os seguros.
Coordenadora: Você conseguiu ordenar isto? Alguns jornalistas dizem que você não manda em nada. Nem na convocação e nem na escalação dos jogadores.
Técnico: Pura intriga dos desinformados. Eu tenho total autonomia para escolher os jogadores. Posso escolher qualquer nome que esteja nas listas. Nem preciso consultar a mesa.
Médico: O roupeirro rreclamou que você não escolherr nenhum nome da lista dele.
Técnico: A lista dele estava antes das listas dos meus olheiros, mas depois das listas dos patrocinadores. A cota estava cheia antes de chegar nela.
Coordenadora: Foram vocês que disseram que eu devo contratar o máximo de patrocinadores possíveis. Cada um traz a própria lista. E todos insistem que são nomes de primeira.
Técnico: Não sou eu quem os classifica. É a Imprensa.
Coordenadora: Nunca concordei com isto. Então você convoca os supostamente melhores jogadores disponíveis e a primeira coisa que fazem é dividi-los entre jogadores de primeira e os de segunda.
Técnico: Eles insistem em chamá-los de titulares e reservas.
Médico: Eu poderr consertarr alguns com transplantes. Farrei todos ser de primeirra.
Técnico: Pensadora, você não pensou que esta desclassificação podia acontecer?
Coordenadora: Claro que pensei. Eu disse que só um ano de trabalho não é suficiente. Para consertar esta Seleção precisamos de pelo menos 25 anos. O que o senhor acha Dr. Menguele? Precisamos traçar planos para o futuro.
Médico: Non querrer trabalhar com jogador tão velhos. Vocês deviam ter liberrado os verbas que pedi.
Técnico: Mas, Doutor, o senhor quer montar uma Câmara de Gás no Centro de Treinamento. É difícil aprovar isto.
Médico: Em Alemanha, é fácil. Por isso, vocês não ganham mais nada. Ficam reclamando que jogadores não tem gás mas não fazem nada para acertarr. Nem Campo de Concentração...
Coordenadora: E os seus outros projetos, Doutor, quais serão implementados?
Médico: O primeirro chama-se "Jogador Leve". Vou amputar um perrna de cada atacante.
Técnico: Mas isso não vai tirar a mobilidade deles?
Médico: Que mobilidade? Seus atacantes nem andam, ficam plantados no área esperrando bola, parra subirr em costas do adverssárrio, tentarr fazerrr gol de bunda, gol de mão, gol de cabeça. Nom precisar de pernas. Só os zagueirros fazerr gols nos últimos jogos.
Técnico: Doutor, o senhor está pensando que aqui é a Alemanha? Nossos atacantes são treinados para fazer poses para fotos e cenas para as câmeras. É o futebol moderno. 
Médico: No Alemanha todo o time é trreinado para fazerr gols. Aqui é diferrente. Então tem a outro prrojeto: "Cavadorrr de Falta". Todas as jogador vão entrarr na campo com um cateter colocado numa veia escondida.
Coordenadora: Para quê, Doutor?
Médico: Quando quizerr cavarr falta, se joga na chão e abre cateter. Deixa escorrerr algumas gotas de sangue e pronto. Engana arrbitro muito fácil.
Técnico: É, pode funcionar. Igual a virose que inventei para justificar essa ultima desclassificação.
Coordenadora: Não esquece de usar um pouco de propina para convencer a imprensa a divulgar essa desculpa.
Médico: Vão dizerr que culpa foi minha. Mas se é parra manterr nossa emprrega, eu confirma.
Técnico: Certo, vamos aproveitar que todo mundo está focado no arco-íris americano, desviando a atenção da gente. Temos que nos manter até a próxima Classificatória. Bola pra frente.

Moral da estória: O objetivo continua não ser fazer gols.